18 setembro 2009

O que o futuro nos reserva?

Antes de começar a falar sobre essa postagem, já lhes adianto que minha próxima virá logo em seguida do lançamento do GM Agile. Na verdade, estava esperando o "feito" para escrever por aqui, mas como o lançamento oficial só vai ser mesmo em outubro então, resolvi colocar um pouco de texto aqui nesse blog, que anda meio apagado (eu sei), mas abandonado não!

Nos últimos dias, tenho reparado nas mudanças que nós todos temos presenciado no mercado de automóveis. De 2000's pra cá, por exemplo, acompanhamos a ascensão de montadoras que antes tinham uma mínima fatia de mercado, como a Hyundai. O sucesso começou a ser notado com o Tucson. Também não era pra menos - tinha garantia e acabamento acima da média combinados com um preço excelente para a categoria - resultado: vende que nem água. Os irmãos maiores, Santa Fé e Vera Cruz também desfrutam do sucesso, utilizando a mesma receita do menor. É importante também falar do Azera e de suas belas vendas - oferece mais (motor V6, acabamento sofisticado e garantia campeã) por menos (compete com Fusion de quatro cilindros, Jetta, e as versões mais sofisticadas de Civic, Corolla e Vectra). O mais recente, i30, mesmo sendo vendido por mais do que foi anunciado, não possuir motor flex e ser apenas automático, já chegou na concorrência e promete vender ainda mais. Talvéz seja pelo fato de estar sendo muito procurado, as concessionárias cobrem um ágil gigante (o carro foi anunciado por 58.000,00, mas está sendo vendido pela maioria por cerca de 63.000,00), mas mesmo assim ainda é um bom negócio.
Mas nem tudo é evolução. Os carros nacionais, principalmente os mais populares, estão andando na contra mão da idéia dos países desenvolvidos, que investem cada vez mais em carros mais econômicos (consequentemente menos poluentes) e de melhor acabamento, sem grandes reajuste no preço, vide os novos Golf e Astra europeu, com motores que passam dos 20 km por litro de combustível, com destaque para os movidos a diesel. Por aqui, a impressão é que temos carros cada vez mais beberrões, mesmo os 1.0. O Ford Ka (1.0), compacto, leve e pouco potente faz um consumo de cerca de 6 km/l de alcóol em trecho urbano, digno de um legítimo V8 americano. O Fox (1.0), não muito melhor, faz cerca de 8 km/l no mesmo circuito, e a VW ainda ostenta o nome "VHT" como sendo um dos mais modernos do país, comédia. Isso fica mais incômodo quando fico sabendo que as versões 1.6 são mais econômicas... vai entender. O Golf nacional por exemplo, como motor VHT 1.6, faz uma média de 8 km/l de alcóol na cidade, mas é mais potente e pesado. Já a linha Vectra e Astra, com motor 2.0, também têm um consumo vergonhoso, mesmo sendo mais potentes e pesados, têm uma autonomia bem distante de modelos japoneses, como Civic e Corolla. Quando se fala de motores a diesel para veículos de passeio sem tração nas quatro rodas, como os citados acima, ainda existe o impasse do governo que os proibe, erroneamente achando que estes serão mais poluentes - o novo Polo europeu, faz cerca de 23 km por litro de diesel, além de utilizar "catalizadores" que reduzem bastante a emissão de poluentes.
Em tecnologia híbrida também nota zero. Enquanto que em países europeus e nos Estados Unidos os híbridos já são produzidos há algum tempo (como o Fusion, que fez dignos 33 km/l de gasolina em um teste), o Brasil nem engatinha, e quando se fala em importar os carros de outros países, as montadoras alegam que ainda há despreparo de concessionárias para "cuidar" destes (o Fusion híbrido chegaria por um preço que ficaria entre a versão V4 e a V6), e logo mudam de assunto.

Evoluímos um bom tanto nos últimos anos, mas o futuro é incerto, pois um carro no Brasil ainda tem um custo assustador, são gastões e de baixa qualidade se comparado com os de outros países. Tomara que em um futuro breve, consigamos alcançar os europeus e norte americanos em qualidade automotiva, por que o que evoluimos até agora é o que eles evoluíram há muito tempo atrás.

Abraço a todos e até a próxima. Seguem fotos.




Hyundai i30: está assuntando a concorrência com as vendas.



Ford Ka: 1.0 com consumo de V8.



Golf VI: o modelo atual da Europa ficou ainda mais econômico. Pode vir para o país em 2010.



Ford Fusion Hybrid: surpreendeu todos com seu excelente desempenho econômico.

2 comentários:

Lino Garagem disse...

Parabéns pelo post.
Concordo com maior parte do q foi dito.
e quanto a carros menos poluentes quando se fala nisso brasileiro so lembra do bendito carro mil mais pensa errado. Primeiramente porque atualmente motores 1.6 e 1.4 vêm bebendo menos que os 1.0 isso se deve ao fato de se ter q acelerar menos para manter ou ganhar velocidade. Isso sem falar que esses carros pelo baixo custo e pela pouca eficiência do motor não se preocupam com arrasto aerodinâmico o que contribui na economia.
Mais faze o que.
Quanto aos motores diesel concordo e ao mesmo tempo não concordo. Concordo porque realmente é uma economia monstra poluído quase nada como mostrado na Europa, porem temos que lembrar q os catalisadores diesel se desgasta com um tempo não muito longo ao contrario do à gasolina, e eles são caros o que nós sabemos estamos num Brasil onde tudo se da um jeito e o jeito vai ser "deixa sem pra mim não tem diferença" e com isso passara a poluir horrores. Então é isso
Uma situação complexa
Vlw

Auto Motivo Blog disse...

Não sabia desse detalhe, que os catalizadores para motores a diesel são mais caros e duram menos do que os outros. Isso realmente é um grande problema para o uso de tal combustível em carros de passeio, mas acredito que uma boa fiscalização relacionada à emissão de poluentes seria suficiênte para evitar grandes danos ao meio ambiente. A Mercedes-Benz ML (CDI) utiliza um sistema de catalizadores que não deixam sair nem uma fumacinha azul (típica dos à diesel), imagino que deve emitir pouquíssimos poluentes, além de ser extremamente silenciosa. Mas é um Mercedes né, sem comparação.

Obrigado por comentar.
Abraço.