04 agosto 2009

O seu é melhor que o do vizinho?



Marca de carro é praticamente como time de futebol: alguns preferem 'esse' outros 'aquele'. As semelhanças não param por ai, muitas vezes os "torcedores" brigam em nome do seu favorito, com direito a chingamentos como "a profissão de sua mãe" ou te aconselham a tomar em um lugar pouco convencional... Isso quando o assunto são os carros em si, pois quando coloca a montadora no meio, o nível da conversa, já baixo, cai mais ainda. Mas o que motivaria as pessoas (entendidas do assunto) a se manifestarem a favor ou contra alguma marca? Há os clássicos, como Corinthians e Palmeiras, representados por Volks, Fiat e GM (ao meu ver, a Ford se esquiva um pouco do quebra-pau) e outros menos expressivos como Honda e Toyota. Existe também as richas de luxo, claro, como BMW e Mercedes-Benz. Seria o fato de as próprias montadores viverem em um discreto pé-de-guerra e passarem uma necessidade de apoio aos seus clientes? Ou cada pessoa, satisfeita ou não com determinado carro, tenta influenciar os futuros compradores mostrando (de várias maneiras) suas experiências antigas ou o carma de utilizar um carro que só lhe traga dor de cabeça?
Para isso, temos que nos aprofundar na raíz do problema, ou melhor, as raízes - desde a fábrica, até a assitência técnica e a revenda.
Onde a Fiat errou? E a Volks?E a GM? Estamos chegando em algum lugar, não é? Sim, numa palavra cada dia mais importante para qualquer empresa: PRESTÍGIO.
É disso que estamos falando, desde o ínicio do papo. Todas o querem, mas algumas, ao invés de prestígio, mancham seu passado com polêmicas que levarão consigo para a eternidade.
Momento "Meu passado me condena".
Vamos começar por ela, a italiana é a que mais escorregou no passado, o que acarretou em uma fama que mesmo atualmente, com ótima tecnologia (na medida do possível), com bons valores de revenda, tendo sido líder de vendas recentemente e praticamente toda a linha vende muito bem obrigado, trás consigo adjetivos como "pouco durável" e "descartável" usados por pessoas que se decepcionaram com ela no passado e também nos dias de hoje.
Quem não se lembra do 147? E quem não se lembra dos famosos "147 problemas" dele? Era econômico e simpático na época, muitos gostavam dele, o problema foi que os mecânicos também o adoravam - quebrava muito, fazendo suas alegria e enchendo seus estabelecimentos com tristes proprietários.
Em seguida a Fiat enfrentou o maior de todas os problemas, praticamente um escandalo que não pôde ser abafado, Tipo era seu nome. Você chegava em sua casa, desligava o motor, ia pra cama, dormia. Acordava e abria a garagem... Uma surpresa desagradável, seu Tipo pegou fogo devido ao problema de fábrica. O prejuízo? Seu é claro. E da Fiat também, que viu um dos maiores sucessos de venda (o Tipo vendia muito bem antes dos acontecidos) se tornar um desastre em sua história. Acabara o prestígio do Tipo, mesmo a Fiat consertando o problema, ele não resistiu e foi-se com o vento. Por falar em acontecimentos naturais, como o vento, logo a Fiat enfrentaria uma Marea de outros problemas... Resumindo, a boa, mas sensível e cara mecânica italiana da família Marea foi um pequeno desastre que nem as autorizadas podiam amenizar suas desregulagens.
A mais recente derrapada (sem ABS) vinha com nome de Linea. O sedã do Punto que queria ser grande e roubar as vendas do Civic e Corolla. Fracassou na missão logo de cara. Tem um design "chove-não-molha", um motor que ainda gera dúvidas e um logotipo da Fiat na dianteira, que provou ao longo dos anos que carro médio não é seu forte. Recentemente chegara a versão LX, com acabamento mais pobre, itens de série escassos e com preço atraente. O "re-lançamento" do carro não é bem visto por aspirantes a compra nem pelos que já adquiriram a versão Absolute ou T-Jet, afinal, o valor de revenda não caiu, despencou e se esburrachou no asfalto.
Saindo da itália e indo pra alemanha, terra da Volkswagen. Essa que hoje faz propaganda com foco na tradição e confiabilidade, com frases como "Das Auto" ("O Carro" em alemão) e "Volkswagen é carro mesmo", também já teve seus tropeços. Seja com os fracassados Pointer e Logus há uma década, ou com o Fox arrancador de dedos há alguns anos. Passando pelos motores 1.0 16V que hoje chegam a apodrecer em lojas de usados devido a sua mecânica sensível e cara para um popular, e pelo motor AP, um dos melhores que existe, sem dúvida, mas que durou bem mais do que devia, sendo utilizado até hoje.
Sobre a Chevrolet, vale a pena dar uma olhada no post "Sobre o Agile" e acompanhar um pouco de suas mancadas... Como o fato de ser considerada a mais atrasada no tempo. Na longa história da marca, a sigla VHC lhe trouxe alguns probleminhas também. Certos clientes, que utilizavam carros que possuia a motorização reclamavam do projeto em si. Com razão, modelos a gasolina (na maioria das vezes) apresentavam batidas de pino (ou saida, tucho, enfim, faziam barulho) que simplesmente não eram solucionadas de jeito nenhum! Há relatos de motores "quebrados" completamente aos 2.000 kms e abertos para conseto aos 500 km, um absurdo. A GM dizia na cara dura que era um defeito de fábrica e praticamente incurável, pois a engenharia de peças mecânicas estavam em desacordo ao nosso combustível ou coisa parecida.
Como pôde ver, as montadoras nacionais de certa forma alimentam as discussões sobre "qual é melhor", dando provas de que nem sempre carro novo é carro seguro de compra.

Num próximo post, falarei sobre as importadas e irei concluir o raciocínio com vocês.

Comentem, afinal, faço isso pra vocês!

Abraços. Até breve.







Nenhum comentário: